Adorei suas reflexões, Bia! Sempre quis ser mãe, mas muitas vezes esse sentimento vinha com medo. Aquele medo de não ser mais “só sobre mim”. Contudo, esse medo também instigava a curiosidade de me descobrir como mãe. Clichê, mas bem real! Eu acho muito legal essa troca de ouvir pontos de vista diferentes sobre a maternidade. Inclusive, te convido para ouvir os ep #07 (vida financeira pós maternidade) e #8 (congelamento de óvulos - este vai ao ar amanhã) do podcast “Talvez Você Deva Falar sobre Dinheiro”. É um pod sobre finanças, mas muito mais com viés de ESCOLHAS do que matemática. Adoramos refletir sobre nossas decisões e, no recorte do pod, como isso impacta nossa saúde financeira. E pra enriquecer a conversa, eu falando como mãe, a Vic (q faz o pod comigo) falando como uma mulher que não pretende ser mãe e, especificamente no ep 8, chamamos a Naiara Bertao, que compartilhou o seu processo de congelamento de óvulos e vários pontos legais pra pensarmos! Até junho! 😘
Me casei aos 22, mas nunca quis me casar até conhecer meu marido. Também nunca quis ser mãe, mas ao mesmo tempo nunca tive a certeza de não querer. Tenho em mim que se decidir um dia, ou acontecer, serei uma ótima mãe e isso em algum lado me movimenta o ego para uma leve vontade, mas passageira. Logo que me casei as pessoas já questionavam quando viria o filho, ou filhos.. eu dizia sempre que lá pros 30.. Hoje com 32 já estou cada vez mais certa de que não vão vir. No meu caso que nunca tive um desejo de ser mãe e mas também nunca tive uma aversão, eu cheguei a conclusão que terá mesmo que ser uma escolha e de que não terá resposta certa, simplesmente em qual dos dois caminhos, num futuro quando o tempo não puder mais dar volta atrás, eu vou lidar melhor caso bata o arrependimento: ter filhos ou não ter filhos? Eu amo a minha vida hoje, o meu casamento, as possibilidades que eu posso construir com a minha liberdade e estou cada vez mais certa de que vai me doer mais se eu por um acaso perder isso. O insight do arrependimento que me deu foi a Fernanda Neute em uma aula ao vivo no curso dela "o Planeje a sua vida" onde ela falou um pouco sobre essa decisão dela também. Mas no fim eu acho que é isso, uma decisão.
Eu sigo uma linha parecida com a Fe nesse sentido: hoje entendo que, entre os dois arrependimentos, prefiro arrepender de não ter tido, do que o contrário. Na opção de arrepender de ter isso envolve um outro ser humano que, bem, “não pediu pra nascer” e não deve sofrer consequências de uma escolha que foi minha. Vivo em paz com as perguntas também porque não associo ser mãe a gerar uma vida. Há outras formas de maternar e adoção é uma delas: tem seus desafios específicos e singulares, sim, mas pode ser feita numa idade onde o relógio biológico não é como uma arma na nossa cabeça.
Estou segura de que não é uma decisão que tomarei por pressão do tempo. Se ao longo dos próximos 10 anos nada mudar quanto ao meu desejo, se não chegar até mim essa vontade, genuína, então tenho minha resposta.
Enquanto isso, eu sigo me expondo ao assunto, conversando com outras mulheres, e ampliando meu olhar a respeito. Diria que a minha parte eu to fazendo 🤍
Mas é isto, é importante falarmos muito a respeito e trocarmos, pra sabermos o que é vontade nossa e o que é “imposição” também.. às vezes é difícil separar. Lembrei-me agora do Instagram @maearrependida para conheceres.
Eu farei 36 em janeiro. As vezes me sinto perdendo o prazo de validade. Até hoje só tive idealizações e cobranças em relação a filhos. O contexto ideal ainda não. Tictactictac
Você não tem noção de como seu texto falou comigo Bia! Vim pela indicação da Bits e realmente esse é um assunto que tem martelado na minha cabeça ultimamente assim como a proximidade de chegar na casa dos 30, num tempo que estou questionando tudo que eu tinha como crença e me sentindo bem perdida por sinal.. Sempre sonhei em ser independente, viajar muito e aproveitar a vida expandindo conhecimento e cultura e filhos não entravam nessa minha expectativa de vida. Ingenuidade da minha parte... a vida adulta (e empreendedora) tem sido bem desafiadora. Primeiro por insegurança da minha parte (será que seria uma boa mãe?) depois por viabilidade (primeiro preciso ter uma casa, estabilidade financeira, carreira, etc.) eu vivo me perguntando se é isso mesmo que eu quero, já que eu contei aos quatro ventos que não queria ter filhos, ou se eu reprimi essa possibilidade todo esse tempo. As suas reflexões primeiro me mostraram que não sou a única nesse dilema, e me inspiraram a buscar mais sobre o assunto, conversar com outras mulheres e mães, para que eu possa encarar esse tema pela perspectiva do que Eu quero e menos pelos pelo tic tac do relógio. Obrigada 🤍
Me identifico muito, Bia! Tenho 30 anos, mas não me vejo sendo mãe. Não sei se pelo momento da vida, ou se um dia mudarei de ideia. Chega a ser engraçado que a gente internaliza essa ideia de ser mãe né? quando criança também sonhava em ser mãe, e de muitas filhos. Hoje eu sei que não era uma vontade genuína, mas sim o que a sociedade tinha me feito acreditar sobre o que deveria ser o meu futuro. E esse “tic tac” é justamente o que me deixa mais insegura, porque a realidade é que não temos muito tempo. Hoje eu não quero ter filho. Mas não consigo bater o martelo. Não sei se está realmente em aberto, ou se no fundo ainda me sinto presa a ideia de que mulher precisa ser mãe e posso me arrepender lá na frente. Difícil chegar a uma conclusão.
Adorei suas reflexões, Bia! Sempre quis ser mãe, mas muitas vezes esse sentimento vinha com medo. Aquele medo de não ser mais “só sobre mim”. Contudo, esse medo também instigava a curiosidade de me descobrir como mãe. Clichê, mas bem real! Eu acho muito legal essa troca de ouvir pontos de vista diferentes sobre a maternidade. Inclusive, te convido para ouvir os ep #07 (vida financeira pós maternidade) e #8 (congelamento de óvulos - este vai ao ar amanhã) do podcast “Talvez Você Deva Falar sobre Dinheiro”. É um pod sobre finanças, mas muito mais com viés de ESCOLHAS do que matemática. Adoramos refletir sobre nossas decisões e, no recorte do pod, como isso impacta nossa saúde financeira. E pra enriquecer a conversa, eu falando como mãe, a Vic (q faz o pod comigo) falando como uma mulher que não pretende ser mãe e, especificamente no ep 8, chamamos a Naiara Bertao, que compartilhou o seu processo de congelamento de óvulos e vários pontos legais pra pensarmos! Até junho! 😘
Adorei, Carol!! Suas contribuições sempre tão ricas. Muito obrigada por compartilhar. Eu vou ouvi-lo, certamente.
Me casei aos 22, mas nunca quis me casar até conhecer meu marido. Também nunca quis ser mãe, mas ao mesmo tempo nunca tive a certeza de não querer. Tenho em mim que se decidir um dia, ou acontecer, serei uma ótima mãe e isso em algum lado me movimenta o ego para uma leve vontade, mas passageira. Logo que me casei as pessoas já questionavam quando viria o filho, ou filhos.. eu dizia sempre que lá pros 30.. Hoje com 32 já estou cada vez mais certa de que não vão vir. No meu caso que nunca tive um desejo de ser mãe e mas também nunca tive uma aversão, eu cheguei a conclusão que terá mesmo que ser uma escolha e de que não terá resposta certa, simplesmente em qual dos dois caminhos, num futuro quando o tempo não puder mais dar volta atrás, eu vou lidar melhor caso bata o arrependimento: ter filhos ou não ter filhos? Eu amo a minha vida hoje, o meu casamento, as possibilidades que eu posso construir com a minha liberdade e estou cada vez mais certa de que vai me doer mais se eu por um acaso perder isso. O insight do arrependimento que me deu foi a Fernanda Neute em uma aula ao vivo no curso dela "o Planeje a sua vida" onde ela falou um pouco sobre essa decisão dela também. Mas no fim eu acho que é isso, uma decisão.
Oi, Mariana! Obrigada pelo teu relato.
Eu sigo uma linha parecida com a Fe nesse sentido: hoje entendo que, entre os dois arrependimentos, prefiro arrepender de não ter tido, do que o contrário. Na opção de arrepender de ter isso envolve um outro ser humano que, bem, “não pediu pra nascer” e não deve sofrer consequências de uma escolha que foi minha. Vivo em paz com as perguntas também porque não associo ser mãe a gerar uma vida. Há outras formas de maternar e adoção é uma delas: tem seus desafios específicos e singulares, sim, mas pode ser feita numa idade onde o relógio biológico não é como uma arma na nossa cabeça.
Estou segura de que não é uma decisão que tomarei por pressão do tempo. Se ao longo dos próximos 10 anos nada mudar quanto ao meu desejo, se não chegar até mim essa vontade, genuína, então tenho minha resposta.
Enquanto isso, eu sigo me expondo ao assunto, conversando com outras mulheres, e ampliando meu olhar a respeito. Diria que a minha parte eu to fazendo 🤍
Mas é isto, é importante falarmos muito a respeito e trocarmos, pra sabermos o que é vontade nossa e o que é “imposição” também.. às vezes é difícil separar. Lembrei-me agora do Instagram @maearrependida para conheceres.
Siim!! Precisamos falar mais a respeito.
Sobre o @: conheço!!! Tem relatos pesados ali... mas tão, tão reais.
É fruto dali o meu posicionamento de preferir ser uma não-mãe arrependida...
Pois, sinto desconforto ao entrar em contacto com tanta realidade nua e crua ali.
Eu farei 36 em janeiro. As vezes me sinto perdendo o prazo de validade. Até hoje só tive idealizações e cobranças em relação a filhos. O contexto ideal ainda não. Tictactictac
Sinto muito por todas as cobranças, Tamara!
Você não tem noção de como seu texto falou comigo Bia! Vim pela indicação da Bits e realmente esse é um assunto que tem martelado na minha cabeça ultimamente assim como a proximidade de chegar na casa dos 30, num tempo que estou questionando tudo que eu tinha como crença e me sentindo bem perdida por sinal.. Sempre sonhei em ser independente, viajar muito e aproveitar a vida expandindo conhecimento e cultura e filhos não entravam nessa minha expectativa de vida. Ingenuidade da minha parte... a vida adulta (e empreendedora) tem sido bem desafiadora. Primeiro por insegurança da minha parte (será que seria uma boa mãe?) depois por viabilidade (primeiro preciso ter uma casa, estabilidade financeira, carreira, etc.) eu vivo me perguntando se é isso mesmo que eu quero, já que eu contei aos quatro ventos que não queria ter filhos, ou se eu reprimi essa possibilidade todo esse tempo. As suas reflexões primeiro me mostraram que não sou a única nesse dilema, e me inspiraram a buscar mais sobre o assunto, conversar com outras mulheres e mães, para que eu possa encarar esse tema pela perspectiva do que Eu quero e menos pelos pelo tic tac do relógio. Obrigada 🤍
Me identifico muito, Bia! Tenho 30 anos, mas não me vejo sendo mãe. Não sei se pelo momento da vida, ou se um dia mudarei de ideia. Chega a ser engraçado que a gente internaliza essa ideia de ser mãe né? quando criança também sonhava em ser mãe, e de muitas filhos. Hoje eu sei que não era uma vontade genuína, mas sim o que a sociedade tinha me feito acreditar sobre o que deveria ser o meu futuro. E esse “tic tac” é justamente o que me deixa mais insegura, porque a realidade é que não temos muito tempo. Hoje eu não quero ter filho. Mas não consigo bater o martelo. Não sei se está realmente em aberto, ou se no fundo ainda me sinto presa a ideia de que mulher precisa ser mãe e posso me arrepender lá na frente. Difícil chegar a uma conclusão.